Muita gente olha pra minha vida e acha que eu não tenho nada. Eu não tenho mesmo, não tenho casa própria, não tenho móveis novos, não tenho carro, não tenho nem uma bicicleta... Talvez eu nunca tenha nada, além de uma risada escandalosa e um coração muito grande.
Não renunciei aos bens, não fiz nenhum voto, mas não priorizei e nem sei se um dia vou priorizar. Eu escolhi viver a vida do avesso, viajei, fiz amigos, dei o meu melhor em coisas que não me deram nenhum retorno financeiro. Hoje eu vivo as consequências disso, boas e ruins. Inclusive me formei em uma faculdade que é o meu maior prazer, mas que não é meu ganha pão (apesar de ainda não ter desistido da ideia de que um dia ela seja).
Eu entendo quem faz as coisas por dinheiro, mas Deus quando me fez não pôs sequer uma pitada de ambição. Sou desprovida disso. Minha ambição está em outras coisas... Eu quero dar muita risada com meus amigos, mesmo calçando um sapato velho. Eu quero ver a cumplicidade nos olhos do meu amor mesmo sentada num sofá gasto. Eu quero as palavras sinceras da minha família, mesmo indo de ônibus.
Eu quero ser feliz e às vezes o materialismo me sufoca.
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