
Todo mundo tem direito a um pouco de futilidade e diversão. Não dá pra ser culto o tempo todo, só assistir filmes sérios europeus e argentinos. Ouvir Chico Buarque direto e ler livros de antropologia. Só pensar na crise política e econômica do país. Há de se ter uma válvula de escape, um pingo de distração. Ver uma comédia idiota, ler uma revista boba e ouvir um pop da moda pra esquecer um pouco as crises (da pátria ou da alma).
Eu acompanho a copa do mundo, eu curto este pão e circo. Desligar a TV na hora do jogo não me torna uma heroína, é o tipo de protesto que eu não faço porque eu não quero. Daqui a pouco acaba, nem dá tempo de brigar.
O Brasil tem muitos problemas e mesmo indignada com eles eu vou ao cinema, ao teatro, eu compro biju no calçadão da XV, eu lancho no Burger King, eu doo sangue, eu separo lixo, etc.
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