Quando nasci minha mãe tomou a decisão de me consagrar a Deus em um ato simbólico, já que a igreja a qual ela frequentava não batizava crianças. Considero um privilégio ter passado por isso, mesmo tendo a convicção de que não é um ritual para garantir que eu estivesse super-protegida dentro de uma redoma. Na verdade se tratava de um ato de renúncia e submissão da minha mãe. Pouco tempo depois eu aspirei um amendoim. Foi algo muito sério, onde eu poderia ter morrido (pois era um bebê com um amendoim no pulmão) e precisaria passar por uma cirurgia que não era feita em Campos. Minha mãe em oração foi lembrar a Deus do ato de consagração e a resposta Dele foi "Bem lembrado, ela não é sua, é minha".
Nada de super-proteção, eu era uma criança suscetível a todos os males que este mundo disponibiliza. A única coisa que me diferenciava de outras crianças era a fé da minha mãe. Que ao mesmo tempo que orou pela minha cura, se preparou para me perder para Deus tomada por uma paz que excede todo entendimento. Nesse caso o amendoim desapareceu do meu pulmão sem explicações, em alguns casos os "amendoins" não desaparecem. Ser humano é não ter controle de nada, ter fé é confiar que o controle está nas mãos de Deus.
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